quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Crime Quase Perfeito (Parte 1)

Já estava tarde, e o pai de Annie tinha acabado de conferir se as grandes portas de sua mansão estavam trancadas. Passando pelo corredor, parou no quarto de sua filha, que ainda estava com as luzes acesas:
- Annie, já passou da sua hora de dormir, querida.
- Só mais 10 minutos, papai... -disse Annie, sem um pingo de sono, penteando os cabelos de sua boneca.
- Você disse isso há exatamente 10 minutos atrás... Agora você precisa descansar.
 Annie cedeu, e foi para sua cama. Seu pai apagou as luzes, e quando estava quase fechando a porta, Annie fez um pedido que ela sabia que sai pai não poderia recusar: 
- Pai, me conta uma história?
 Seu pai ficou feliz, pois no fundo, ele também não estava com nem um pouco de vontade de dormir. Ele sentou-se do lado de Annie, em sua espaçosa cama, onde ela se acomodava.
 Ela agarrou seu coelhinho de pelúcia, e seus olhinhos azuis brilhavam, por tanta empolgação. Não havia coisa alguma que ela amasse tanto quanto as histórias de seu pai. E ele começou a contar. Tudo começou e uma tarde de janeiro...

                                                         (Continua...) 

Seja como uma lagarta

Um dia desses eu fui com a minha família à um shopping novo, só para conhecer mesmo. Foi legal: tomamos milk shake, comemos frango frito... Já estávamos voltando para casa, e enquanto meu pai pagava o ticket do estacionamento, minha mãe encontrou uma lagarta no chão, e meu irmão ficou ali observando como se fosse a coisa mais maravilhosa do mundo. Confesso que era uma coisa meio nojentinha, mas parei para observá-la junto com ele. Ela estava em um lugar onde os carros passavam, e mesmo assim ela não parava. Continuava rastejando pra algum lugar, sabe-se lá onde, que era seu destino. Se ela continuasse lá, poderia ser esmagada por alguém. Então eu peguei um pedaço de papel para tirá-la dali. Então, com cuidado, fiz com que ela subisse nele. Deixei-a logo na entrada do shopping, na grama, onde ela estaria mais segura. Assim que a soltei, com sua velocidade de lagarta, ela se virou, e continuou indo na mesma direção. Depois eu fiquei pensando: nós deveríamos ser como aquela lagarta. Em nossa volta existem obstáculos gigantescos. O medo de sermos esmagados nos impede de fazer muitas coisas. Em todo momento, corremos o risco de sermos pisoteados pelos nossos problemas. Mas na nossa velocidade, devemos continuar na mesma direção, sem perder o foco. Seguir nosso objetivo, assim como uma lagarta. Obrigada pela atenção :)